Maria Gabriela Llansol sobre o livro “Os Cantores da Leitura”
“Pensei primeiro que este livro deveria ter quatro partes. Mas verifiquei depois que um fluxo contínuo lhe unificava as partes — que acorriam, afinal, umas para as outras”. […] No primeiro instante, no livro presente, eu tinha chamado aos fragmentos partículas, duplos, contextos. Nas páginas do início, eu deixei ainda ficar este encadeamento. Mas [….]”
Pois é, tanto faz ser um poema, como uma música: começamos com uma ideia que até pode ser da forma (quatro partes) ou de materiais (fragmentos, particulas, duplos), e afinal “a coisa” criada, que é a obra de arte, seja qual for o seu meio de expressão, começa da ditar as suas regras, a criar as suas próprias determinações e a desencadear as suas forças perante as quais não nos resta mais do que ceder e obedecer. A “coisa” adquiriu uma vida que lhe é própria e passa ela a conduzir o seu caminho..
7 de outubro 2023