Acting-Out para piano, percussão e orquestra sinfónica

Acting Out
para piano, percussão e orquestra

O livro “Vocabulário da Psicanálise” de J.Laplanche J-B. Pontalis define acting out da sequinte forma: “Termo usado em psicanálise para designar a acções que representam,a maior parte das vezes, um carácter impulsivo, rompendo com os sistemas de motivação habituais do indivíduo, relativamente isolável no decurso das suas actividades e que toma muitas vezes uma forma auto- ou hetero-agressiva. No aparecimento do acting out vê o psicanalista a marca da emergência do recalcado. Quando aparece no decorrer duma análise ( quer seja na sessão quer fora dela), o acting out tem de ser compreendido na sua conexão com a transferência e frequentemente como uma tentativa para a desconhecer radicalmente.”

Em 1990, marcado por uma audição de uma peça de Luciano Berio escrevi um fragmento para piano e orquestra que depois abandonei. Retomei esse início para compôr Acting-Out. Esta peça, apesar de ser um único gesto, alterna antecentes e respostas e tem como base um acorde principal e um ciclo harmónico de outros 22. Tem várias secções tocadas sem interrupções: Before, Antecedent I, First Response, Antecedent II, Second Response-Cadenzas- Brutal Response, After Response -” Hommage à Kurtag”.

Encomenda do Festival de Músicas Contemporâneas de Lisboa
António Pinho Vargas Novembro de 1998

Videos I Culturgest 2002
Miguel Henriques, piano, Elizabeth Davies, Orquestra Nacional do Porto dir. Martin André (2002)

II Album Grafitti [just forms], Six Portraits of Pain, Acting Out (2008)