… silêncios….

Lachenmann descreveu o silêncio em “Fragmente-Stille, an Diotima” de Luigi Nono como “um fortíssimo de percepção agitada”. Uma bela e precisa expressão!Parto dela para algumas considerações. Nos anos 80, quando dava muitas entrevistas, a propósito de Outros Lugares 1983, Cores e Aromas 1985, As folhas novas mudam do cor 1987, Ler mais…

Sonata de Alban Berg

Quanto mais lento toco as primeiras 6 páginas da Sonata. Op. 1 de Alban Berg, mais gosto da música. Claro que não devia dizer uma coisa destas… não é assim que se toca, não é aquele o tempo correcto, estou farto de saber… Mas não é disso que se trata. Ler mais…

Carta(s) a Jorge de Sena, Grupo Vocal Olisipo, Quateto de Guitarras de Paris, a peça inexistente…

Carta(s) a Jorge de Senade Sophia de Mello Breyner AndresenINão és navegador mas emigranteLegítimo português de novecentosLevaste contigo os teus e levasteSonhos fúrias trabalhos e saudade;Moraste dia por dia a tua ausênciaNo mais profundo fundo das profundasCavernas altas onde o estar se esconde IIE agora chega a notícia que morresteE Ler mais…

…deixar que a vida se imobilize…

Compor, ser compositor, é também deixar que a vida se imobilize nos seus momentos de crise, para depois os formular e encontrar uma realização singular no momento de transmitir esses momentos coagulados de vida. Wolfgang Rihm, O compositor em estado de choque. Conferência em Darmstadt, 1978 Composer, être compositeur, cela Ler mais…

Paradiso, Amsterdam, 1989

A música é uma arte do tempo. Quando acontece e não é gravada nem fica registo algum, está perdida para sempre, foi tanto site-specific como time-specific. Aconteceu naquele local e naquele dia e o que fica é apenas a memória dos que estavam presentes e daqueles que a fizeram (e Ler mais…