Manuel Pedro Ferreira, in Arte Musical
Na verdade, na minha modesta opinião, António Pinho Vargas tem em os Dias Levantados uma partitura magnífica.
(…) Na base de uma única audição, é-me difícil fazer jus à riqueza musical da ópera , mas recordo distintamente a impressão de vitalidade rítmica e consistência tonal (compatível com a variedade dos estilos usados), do encadeamento bem solucionado das diferentes secções , do tratamento a um tempo seguro e imaginativo da orquestra (sobretudo das percussões) e da sensibilidade e acutilância na escrita para as vozes, em que a fala se mistura com o canto. Há cenas especialmente admiráveis, como a da tortura “pidesca” e a da ocupação fabril, mas mesmo as secções de menor impacto transpiram qualidade e fluidez. in JL
(…) Na base de uma única audição, é-me difícil fazer jus à riqueza musical da ópera , mas recordo distintamente a impressão de vitalidade rítmica e consistência tonal (compatível com a variedade dos estilos usados), do encadeamento bem solucionado das diferentes secções , do tratamento a um tempo seguro e imaginativo da orquestra (sobretudo das percussões) e da sensibilidade e acutilância na escrita para as vozes, em que a fala se mistura com o canto. Há cenas especialmente admiráveis, como a da tortura “pidesca” e a da ocupação fabril, mas mesmo as secções de menor impacto transpiram qualidade e fluidez. in JL