Ao fimde 12 anos, António Pinho Vargas resolveu sair do seu casulo de música erudita contemporânea para soltar o criador e
improvisador de pradarias jazzísticas que esteve adormecido durante tanto tempo.
Para qualquer pianista gravar um álbum a solo é algo que está sempre no seu horizonte. Mas uma coisa é investir em composições de inequívoco estatuto, como os intérpretes de música clássica, outra é apostar nos seus originais e,ainda por cima, em dose dupla. Em boa hora, António Pinho Vargas surge com este \”Solo\”, gravado durante três dias no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, em Dezembro do ano passado.
Aqui revisita temas dos álbuns de jazz que deixou no passado, com todosos sintomas de umdisco da ECM: tem o ambiente, o conteúdo e é tocado por um grande músico.
Sonoridade diversa
O pianista e compositor não quer catalogar \”Solo\” como proposta de jazz e, se calhar, tem razão. Para além dos fluidos jazzísticos há muita sonoridade dispersa a navegar entre os seus dedos .Há momentos que nos deixam colados ao sofá lá de casa. Há muita melancolia. As suas improvisações estão carregadas de um indefinível sentimento português.
E há ainda outro aspecto particular: a maioria dos temas estão vivos no nosso inconsciente e é om prazer redobrado que fruímos as novas abordagens (\”TomWaits\”, \”Fado negro\”, \”La Corazon\”, \”June\”, \”DinkyToys\”, entreoutros).
Vargas intitulou os discos como \”Imperfeições 1\” e \”Imperfeições 2\”. Os próximos capítulos, \”Imperfeições 3\” e \”Imperfeições 4\” estão anunciados para o próximo ano. Ficamos à espera.
Rui Branco, JN, Julho, 2008
improvisador de pradarias jazzísticas que esteve adormecido durante tanto tempo.
Para qualquer pianista gravar um álbum a solo é algo que está sempre no seu horizonte. Mas uma coisa é investir em composições de inequívoco estatuto, como os intérpretes de música clássica, outra é apostar nos seus originais e,ainda por cima, em dose dupla. Em boa hora, António Pinho Vargas surge com este \”Solo\”, gravado durante três dias no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, em Dezembro do ano passado.
Aqui revisita temas dos álbuns de jazz que deixou no passado, com todosos sintomas de umdisco da ECM: tem o ambiente, o conteúdo e é tocado por um grande músico.
Sonoridade diversa
O pianista e compositor não quer catalogar \”Solo\” como proposta de jazz e, se calhar, tem razão. Para além dos fluidos jazzísticos há muita sonoridade dispersa a navegar entre os seus dedos .Há momentos que nos deixam colados ao sofá lá de casa. Há muita melancolia. As suas improvisações estão carregadas de um indefinível sentimento português.
E há ainda outro aspecto particular: a maioria dos temas estão vivos no nosso inconsciente e é om prazer redobrado que fruímos as novas abordagens (\”TomWaits\”, \”Fado negro\”, \”La Corazon\”, \”June\”, \”DinkyToys\”, entreoutros).
Vargas intitulou os discos como \”Imperfeições 1\” e \”Imperfeições 2\”. Os próximos capítulos, \”Imperfeições 3\” e \”Imperfeições 4\” estão anunciados para o próximo ano. Ficamos à espera.
Rui Branco, JN, Julho, 2008